TOCA E PALEOTOCA?
Há poucos anos atrás estive visitando duas localidades do Rio Grande do Sul para fotografar Dyckias e cactos. Uma no município de Tabaí e outra no município de Taquari. Em Tabaí fotografei um buraco em uma parede de rocha arenítica a pouca altura do chão, que julguei,possivelmente, uma paleotoca. Em Taquari fotografei uma gruta, e também entrei na mesma, que possibilita ficar de pé dentro dela devido ao seu tamanho. Um pouco estreita no interior, porém, com mais de dois metros de altura. A boca da entrada é estreita e baixa. Esta gruta é conhecida pelo nome de "Toca da Ventosa" e fica do Morro da Carapuça. Não é paleotoca. Provavelmente uma rachadura no morro formou aquela furna.
Hoje, ao ver alguns vídeos postados na internet pelo professor Heinrich Theodor Frank , geólogo da UFRGS e pesquisador de paleotocas, procurei minhas fotografias e julgo que, possivelmente, o que fotografei, no caso a toca de Tabaí, possa ser uma paleotoca, pois segundo o professor, o Rio Grande do Sul é rico em tocas escavadas por animais que aqui viveram e foram extintos há mais de dez mil anos. Esses animais , conforme cita Frank, são tatus gigantes e preguiças gigantes que habitaram nosso território e toda a América do Sul. Hoje estes sítios estão sendo pesquisados por cientistas gaúchos e de outros estados brasileiros para desvendar mais esses achados paleontológicos, que recentemente vem sendo estudados.
Grande é o número de animais que foram extintos no período Quaternário, na transição entre o Pleistoceno e o Holoceno. Ainda hoje os estudos relacionados à extinção da chamada megafauna, são poucos.
Foi no final da última glaciação, no momento em que chegavam aqui no Sul as primeiras populações humanas, que o grande conjunto faunístico fez sua última aparição antes de extinguir-se definitivamente. A preguiça terrícola de dois metros de altura (glossotherium) e um tatu gigante de 1,5m de altura por cerca de 4m de comprimento (glyptodon), coexistiu com animais de pequeno porte - canidae, ursidae, felidae, proboscidae, perissodactila, entre os quais também cervídeos (paleolhama), suínos, tapires, cavalos (hippidion e equus), tigre dente-de-sabre (smilodon), desdentados (megatherium, glossotherium e glyptodon), roedores (hydrochoerus), ainda os toxodon, macrauchenia e mastodonte.
É bom frisar que muitos animais desapareceram no conjunto da grande extinção pleistoceno-holoceno, porém, outros animais continuaram a existir até o presente, como é o caso da Reha americana (ema) e alguns cervídeos.
Grande é o número de animais que foram extintos no período Quaternário, na transição entre o Pleistoceno e o Holoceno. Ainda hoje os estudos relacionados à extinção da chamada megafauna, são poucos.
Foi no final da última glaciação, no momento em que chegavam aqui no Sul as primeiras populações humanas, que o grande conjunto faunístico fez sua última aparição antes de extinguir-se definitivamente. A preguiça terrícola de dois metros de altura (glossotherium) e um tatu gigante de 1,5m de altura por cerca de 4m de comprimento (glyptodon), coexistiu com animais de pequeno porte - canidae, ursidae, felidae, proboscidae, perissodactila, entre os quais também cervídeos (paleolhama), suínos, tapires, cavalos (hippidion e equus), tigre dente-de-sabre (smilodon), desdentados (megatherium, glossotherium e glyptodon), roedores (hydrochoerus), ainda os toxodon, macrauchenia e mastodonte.
É bom frisar que muitos animais desapareceram no conjunto da grande extinção pleistoceno-holoceno, porém, outros animais continuaram a existir até o presente, como é o caso da Reha americana (ema) e alguns cervídeos.
darisimi@gmail.com
Em Tabaí. Notar os arranhões em cima da toca
Crédito da foto - Dari José Simi
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